sábado, 13 de agosto de 2016

Operação da PF combate esquema irregular de serviços de radiodifusão


Foto: Reprodução / TV TEM
A Polícia Federal cumpre 26 mandados, sendo 5 de prisão temporária e 21 de busca e apreensão em Marília, São Paulo e Ribeirão Preto na Operação Miragem, que combate crimes como falsidade ideológica, uso de documentos falsos, sonegação fiscal, atividade de telecomunicação clandestina e evasão de divisas.

Os investigados são suspeitos de participar de uma associação criminosa. Em Marília, a PF lacrou duas emissoras de rádio, a Diário FM e a Dirceu FM, que pertencem ao grupo de comunicação Central Marília de Notícias (CMN); e cumpre três mandados de prisão e 15 de busca e apreensão. A CMN informou, em nota, que não vai se manifestar sobre a operação da Polícia Federal.

Na manhã desta quarta-feira (10) uma pessoa foi presa em Marília e uma em Ribeirão Preto. Mídias, computadores, documentos e dinheiro foram apreendidos pela Polícia Federal. Ainda devem ser cumpridos mais dois mandados de prisão temporária em Marília e um em São Paulo, além de cinco de busca e apreensão em São Paulo e um de busca e apreensão em Ribeirão Preto.
Investigações

Segundo informações da delegacia da Polícia Federal em Marília, a operação foi desencadeada depois que irregularidades como falsidade ideológica, uso de documentos falsos, atividade clandestina de radiodifusão, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro foram descobertas.

"A principio é uma investigação sobre empresas de comunicação operando na cidade sem concessão pública. Ao obtermos apoio do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), tivemos a informação de que transações financeiras dessas empresas com empresas que remetiam esse dinheiro para fora. É cedo ainda para afirmar que são essas empresas daqui e que é dinheiro desviado", informou o delegado Luciano Menin, durante uma coletiva na Polícia Federal de Marília na manhã desta quarta-feira.

De acordo com a polícia, as investigações apontam indícios de crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, a partir da utilização de empresas que são investigadas na Operação Lava Jato para remessa ilícita de dinheiro ao exterior.

“Um dos investigados que tem mandado de prisão contra ele se utilizou de empresas que se relacionam com a Lava Jato. Não podemos falar nesse momento que tem ligação direta com a Lava Jato, o que pode ser dito é que em algum momento empresas utilizadas por esse investigado se cruzaram com empresas da Lava Jato especializadas em enviar divisas ao exterior”, completa Luciano. A Polícia Federal não deu mais detalhes desse caso.

Ainda de acordo com a polícia, a investigação passou a ser realizada com maior força ao final do ano de 2015, quando pessoas envolvidas com a política apresentaram documentação ideologicamente falsificada ao Ministério das Comunicações de São Paulo.

Em junho, foram averiguadas transações financeiras que comprovaram o envolvimento de um grupo de comunicação que envolve as duas emissoras de rádio e um jornal de abrangência regional, em Marília.

"Nessa fase, esse material arrecadado pode dar suporte a novos desdobramentos, nós ainda estamos fazendo o levantamento. Em principio nós temos valores apreendidos, mas ainda não temos a quantidade para divulgar, mas comprovada a origem lícita, isso será restituído", diz o delegado Rogério Hisbek.

Ainda segundo a Polícia Federal, os envolvidos responderão por crimes de associação criminosa, falsidade ideológica, uso de documento falso, desenvolvimento clandestino de atividade de telecomunicação, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro. Além destes, também será investigada a presença da prática de evasão de divisas em eventuais futuras fases da Operação Miragem.

Com informações do G1

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