segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Diretor do Irdeb defende maior participação da sociedade nas emissoras públicas de rádio e TV

O diretor do Irdeb- Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia, Pola Ribeiro, defende uma maior participação da sociedade civil na programação das emissoras de rádio e TVs públicas do Brasil. Ele esteve na última sexta-feira (21) em Feira de Santana para participar do lançamento do filme de sua direção “O Jardim das Folhas Sagradas". O lançamento foi Orient Cine Place, no shopping Boulevard.

O diretor informou que a comunicação no Brasil se desenvolveu em um período difícil da relação estado e sociedade que foi na época da chamada ditadura militar. “Naquele período as TVs e as rádios públicas eram deixadas para segundo plano", disse.

O diretor do Irdeb explica que atualmente com a consolidação da democracia que vem se conquistando com o tempo, o instituto vem liderando o processo de comunicação pública no Brasil.

Pola Ribeiro, que é presidente da Associação das Emissoras de Televisão do Brasil, disse que está participando de um processo de negociação com o Ministério das Comunicações com objetivo de finalizar o chamado marco regulatório das emissoras públicas de rádio e TV do país.

Ele informa que essa regulamentação passa exatamente pelo financiamento desses veículos de comunicação. “Queremos que seja uma rádio e uma TV públicas e que sejam da sociedade", afirma Pola.

Pela proposta do marco regulatório em discussão no Congresso Nacional, a manutenção das emissoras públicas seria realizada com uma parte dos recursos dos governos estaduais, uma outra do Governo Federal e a sociedade participará através de empresas privadas.

Na opinião de Pola Ribeiro, os recursos da sociedade através de empresas ou entidades particulares no financiamento deve ser o mínimo possível. Ele citou o caso especial da Bahia. “É importante que o governo do estado da Bahia tenha uma televisão para mostrar e falar do governo. Hoje fazemos o papel misto", afirma.

Ainda de acordo com o diretor, é importante que a sociedade tenha um espaço mesmo sem ser governo. Com o marco regulatório ficará definido os limites do financiamento das emissoras: Se essas emissoras terão apenas apoio cultural ou apenas propaganda institucional. O deputado Rui Costa é o autor da proposta no Congresso Nacional.

Por: Ney Silva/Acorda Cidade

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