Foto: Reprodução / TV TEM |
A Polícia Federal cumpre 26 mandados, sendo 5 de prisão
temporária e 21 de busca e apreensão em Marília, São Paulo e Ribeirão Preto na
Operação Miragem, que combate crimes como falsidade ideológica, uso de
documentos falsos, sonegação fiscal, atividade de telecomunicação clandestina e
evasão de divisas.
Os investigados são suspeitos de participar de uma
associação criminosa. Em Marília, a PF lacrou duas emissoras de rádio, a Diário
FM e a Dirceu FM, que pertencem ao grupo de comunicação Central Marília de
Notícias (CMN); e cumpre três mandados de prisão e 15 de busca e apreensão. A
CMN informou, em nota, que não vai se manifestar sobre a operação da Polícia
Federal.
Na manhã desta quarta-feira (10) uma pessoa foi presa em
Marília e uma em Ribeirão Preto. Mídias, computadores, documentos e dinheiro
foram apreendidos pela Polícia Federal. Ainda devem ser cumpridos mais dois
mandados de prisão temporária em Marília e um em São Paulo, além de cinco de
busca e apreensão em São Paulo e um de busca e apreensão em Ribeirão Preto.
Investigações
Segundo informações da delegacia da Polícia Federal em Marília, a operação foi desencadeada depois que irregularidades como falsidade ideológica, uso de documentos falsos, atividade clandestina de radiodifusão, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro foram descobertas.
"A principio é
uma investigação sobre empresas de comunicação operando na cidade sem concessão
pública. Ao obtermos apoio do Conselho de Controle de Atividades Financeiras
(Coaf), tivemos a informação de que transações financeiras dessas empresas com
empresas que remetiam esse dinheiro para fora. É cedo ainda para afirmar que
são essas empresas daqui e que é dinheiro desviado", informou o
delegado Luciano Menin, durante uma coletiva na Polícia Federal de Marília na
manhã desta quarta-feira.
De acordo com a polícia, as investigações apontam indícios
de crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, a partir da utilização de
empresas que são investigadas na Operação Lava Jato para remessa ilícita de
dinheiro ao exterior.
“Um dos investigados
que tem mandado de prisão contra ele se utilizou de empresas que se relacionam
com a Lava Jato. Não podemos falar nesse momento que tem ligação direta com a
Lava Jato, o que pode ser dito é que em algum momento empresas utilizadas por
esse investigado se cruzaram com empresas da Lava Jato especializadas em enviar
divisas ao exterior”, completa Luciano. A Polícia Federal não deu mais
detalhes desse caso.
Ainda de acordo com a polícia, a investigação passou a ser
realizada com maior força ao final do ano de 2015, quando pessoas envolvidas
com a política apresentaram documentação ideologicamente falsificada ao
Ministério das Comunicações de São Paulo.
Em junho, foram averiguadas transações financeiras que
comprovaram o envolvimento de um grupo de comunicação que envolve as duas
emissoras de rádio e um jornal de abrangência regional, em Marília.
"Nessa fase, esse
material arrecadado pode dar suporte a novos desdobramentos, nós ainda estamos
fazendo o levantamento. Em principio nós temos valores apreendidos, mas ainda
não temos a quantidade para divulgar, mas comprovada a origem lícita, isso será
restituído", diz o delegado Rogério Hisbek.
Ainda segundo a Polícia Federal, os envolvidos responderão
por crimes de associação criminosa, falsidade ideológica, uso de documento
falso, desenvolvimento clandestino de atividade de telecomunicação, sonegação
fiscal e lavagem de dinheiro. Além destes, também será investigada a presença
da prática de evasão de divisas em eventuais futuras fases da Operação Miragem.
Com informações do G1
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