O “Jornal Nacional” surpreendeu os telespectadores na noite deste sábado (12) ao apresentar um editorial histórico para rebater o pedido de direito de resposta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
No noticiário, Sandra Annenberg afirmou que a Globo recebeu
com surpresa uma carta dos advogados do petista solicitando uma resposta à
reportagem da última quinta-feira (10). No documento, Lula diz que nem ele
e nem a sua assessoria foram procurados para rebaterem as acusações feitas
pelos promotores, “como seria recomendável e necessário de acordo com
os princípios editoriais da emissora”.
“Isso não é verdade. Em e-mail, um jornalista da TV Globo
pediu nota comentando a denúncia oferecida pelo Ministério Público contra o
ex-presidente Lula no caso Bancoop”, afirmou a jornalista. Em seguida,
Alexandre Garcia comentou que a resposta foi divulgada na íntegra no “JN” e leu
o pedido do petista, que acusa a reportagem de ser “ofensiva”.
“Trata-se de uma distorção. A reportagem não é ofensiva,
ela é apenas o relato objetivo da entrevista dos promotores paulistas,
descrevem o que foi dito, sem nada a endossar. O mesmo comportamento de todos
os veículos de imprensa que dedicaram longas reportagens e suas manchetes ao
tema”, disparou o âncora.
“Se os fatos narrados são ofensivos ao ex-presidente, a
imprensa não tem nenhuma responsabilidade. Tem, porém, o dever de informar o
povo brasileiro dos fatos relevantes, todos os fatos, sobre quem quer que
seja”, completou.
“Apesar de dizer que essa é, “a verdade dos fatos em sua
simplicidade”, o texto se alonga em mais 28 parágrafos, em 89 linhas, em que,
com ironia, se dedica, não a se defender das acusações, mas a fazer críticas ao
jornalismo da Globo. A emissora não é parte nas investigações a que está
sujeito o ex-presidente. Cumpre apenas a sua missão de informar o povo.
Respaldada pela Constituição, continuará a fazê-lo, com serenidade, e sem nada
a temer”, concluiu Garcia.
Confira o vídeo:
Com informações do RD1
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