O Grupo Record foi condenado na 25ª Vara Federal Cível de
São Paulo, por conta de reportagens consideradas ofensivas contra as religiões
afro-brasileiras.
O juiz Djalma Moreira deferiu o pedido feito pelo Ministério
Público Federal (MPF), pelo Instituto Nacional de Tradição e Cultura
Afro-Brasileira (INTECAB) e pelo Centro de Estudos das Relações de Trabalho e
da Desigualdade (CEERT), que ajuizaram a ação civil pública contra a própria
Rede Record, como também a antiga Rede Mulher, extinta em 2007, que deu lugar à
Record News.
O MPF entrou com o pedido, alegando que as religiões
afro-brasileiras vêm sofrendo constantes agressões em programas por elas
veiculadas, o que é vedado pela Constituição Federal, que proíbe a demonização
de religiões por outras. "Os fatos imputados na inicial estão comprovados
e são, ademais, incontroversos", relatou o juiz em sua sentença.
A Record foi condenada a exibir oito programas (4 inéditos e
4 reprises) em cada uma das emissoras, mostrando uma espécie de direito de
resposta para tais religiões, nos horários em que as reportagens deferidas como
ofensivas foram ao ar - estes não divulgados pelo Diário Oficial da União.
Resta a dúvida sobre o caso da condenação da Rede Mulher.
Como foi extinta, ainda não se sabe se a ordem irá para a Record News, sua
sucessora. A decisão cabe recurso no Supremo Tribunal Federal. Procurada
pela reportagem do NaTelinha, a Record não quis comentar o assunto.
Fonte: Na Telinha
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