No dia 1º de dezembro, a Globo irá estrear o jornal diário
"Hora Um", apresentado por Monalisa Perrone das 5h às 6h, que será ao
vivo para todo o Brasil.
Além disso, os "Bom Dia Praça" ganharão mais 30
minutos, indo ao ar das 6h às 7h30. Porém, esta notícia não tem animado muito
os editores-chefes de algumas afiliadas da emissora carioca.
Segundo informações obtidas com exclusividade pelo
NaTelinha, parceiras de estados menores em todo o país não sabem o que vão
fazer com este tempo a mais, por causa da falta de assunto e da escassez de
pautas do período matutino. Este receio, porém, não atinge apenas cidades ou
emissoras pequenas.
Em Salvador, por exemplo, a equipe do "Jornal da
Manhã", da TV Bahia, que é apresentado por Ricardo Ismahel e Silvana
Freire, não tem ideia do que vai fazer para preencher o tempo.
"Uma hora era mais do que suficiente. Com uma hora e
meia, o jornal vai acabar ficando cansativo, e vamos encher linguiça em algum
momento. O temor é perder Ibope", disse uma fonte dentro da emissora, que
prefere não se identificar.
Campeão de audiência, o "Jornal da Manhã", na
grande maioria dos dias, chega a marcar mais Ibope do que o noticiário do meio-dia,
o "Bahia Meio Dia".
Em praças importantes, como Rio de Janeiro, Belo Horizonte e
Porto Alegre, o fato foi comemorado, pois nestas cidades existem pautas para
tanto tempo e não há qualquer temor de que exista a famosa "barriga"
nos telejornais. Em estados menores, como Alagoas, Sergipe e Espirito Santo, o
temor já é fato: não há pautas ou notícias para encher uma hora e meia de
jornal.
Mostrar como está o trânsito pode ser uma arma, mas usá-la
demais é outra preocupação. "Estamos com medo de virar um jornal que só
mostra como está o trânsito, porque não tem pauta pra uma hora e meia",
disse uma fonte da TV Sergipe, afiliada da Globo no estado, que também prefere
o anonimato.
O "Hora Um" trará os assuntos mais importantes do
Brasil e do mundo da noite anterior, da madrugada e do início da manhã, e as
cotações dos mercados agrícolas para o homem do campo. O jornal entrará no ar
no lugar do "Globo Rural", que terá sua versão diária extinta.
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