Após uma série de críticas de jornalistas e internautas quese indignaram com a exibição de uma reportagem do Brasil Urgente-Bahia
(Band-BA), em que a repórter Mirella Cunha satiriza um preso suspeito de
estupro, o Ministério Público Federal (MPF-BA) decidiu agir. A coordenação do
Núcleo Criminal do MPF-BA fez uma representação à Procuradoria Regional dos
Direitos do Cidadão (PRDC), do próprio órgão, para que interceda, após o
procurador Vladimir Aras, coordenador do núcleo, encontrar “indícios de abuso
de autoridade, de ofensa a direitos da personalidade, bem como de
descumprimento da Súmula Vinculante (SV) 11 do Supremo Tribunal Federal (STF),
que limita uso de algemas a casos excepcionais”. Aras também solicitou à
Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) que informe se há algum
regulamento infralegal quanto à proibição de exposição de presos a programas
como o Brasil Urgente. Ele também pede uma cópia do auto de prisão em flagrante
do homem entrevistado. A representação ainda foi encaminhada à Defensoria
Pública da União e à produção do programa na Band (que já emitiu um comunicandoem que condena a atitude da repórter), para que preserve a fita bruta (sem
edição) e a encaminhe ao MPF em cinco dias.
Nenhum comentário:
Postar um comentário