Durante a posse do novo ministro da Secretaria de
Comunicação Social, Edinho Silva, realizada na última terça-feira (31) no
Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff (PT) sinalizou que o governo
federal irá dividir a publicidade oficial entre mais veículos de imprensa.
Segundo a Folha de S.Paulo, Edinho deverá controlar diretamente uma verba
publicitária de aproximadamente R$ 200 milhões ao ano. A presidente quer manter
os gastos com órgãos de mídia sob o comando da Secom.
Dilma ponderou que a Pasta apoiará a "expansão das
teias de opiniões, olhares e interpretações da realidade" no país com
"critérios justos e corretos na veiculação dos seus serviços".
"[A secretaria] adotará o mais rigoroso cuidado em relação à veiculação de
informação pública e a publicidade oficial. Em respeito aos brasileiros de
todas as camadas sociais e culturais, e de todos os pontos do país, adotará
critérios justos e corretos na veiculação dos seus serviços", acrescentou
ela.
A presidente reiterou que a Secom priorizará a liberdade de
imprensa, o que classificou como "a grande conquista do processo de
redemocratização do nosso país". Ela também elogiou o novo ministro e
agradeceu o trabalho do antecessor, Thomas Traumann. "Ao fazer minha
escolha, identifiquei em Edinho uma profunda experiência e uma capacidade de
relacionamento cordial e produtivo e um conhecimento do papel da imprensa em
uma sociedade democrática", declarou.
O discurso vai ao encontro de ajustes defendidos por
Traumann que, em documento interno, aconselhou a destinação de mais recursos de
publicidade para blogs e sites pró-governo. O ex-ministro se demitiu uma semana
após o vazamento do documento. Setores do PT haviam criticado a comunicação do
governo e defendiam a proposta de transferir o controle da publicidade para o
Ministério das Comunicações.
Segundo Edinho, a integração da política de comunicação de
governo terá como base critérios técnicos para definir as ações da pasta.
"Serei um gestor zeloso para que se possa garantir boa utilização de
recursos, otimizar a execução orçamentária e fazer com que os recursos cheguem
ao maior número de veículos, respeitando a diversidade etária e as diversidades
regionais, para que a maior parcela possível tenha acesso aos feitos do governo
e às campanhas informativas".
Embora não seja jornalista, como os últimos a comandar o
cargo, Edinho ressaltou ter consciência sobre o papel da comunicação. "Não
a prestação de contas como uma convenção, mas como um dever com o contribuinte,
com aqueles que pagam seus impostos e querem saber, cotidianamente, o que é
feito com os recursos públicos. A comunicação se dá no cotidiano",
completou.
Com informações do Portal Imprensa
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