O esporte, de modo geral, perdeu uma grande personalidade na manhã desta quinta-feira, dia 27 de outubro. Morreu um dos maiores comentaristas esportivos do Brasil, o gaúcho Luiz Pineda Mendes, conhecido como Luiz Mendes (foto), da Rádio Globo do Rio de Janeiro. Ele estava internado no CTI do Hospital São Lucas, em Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro, desde o dia 17.
Torcedor do Grêmio e do Botafogo, Luiz Mendes teve uma trajetória intimamente ligada à história do Rádio e da TV. Afinal, das 19 Copas do Mundo, participou simplesmente de 16. Ficou fora apenas das de 1930, 1934 e 1938 por ainda ser garoto. Mas em 1950 já era o locutor que narrou com a voz embargada o gol de Gigghia no Maracanazo da Copa de 1950, quando o Uruguai bateu o Brasil por 2 a 1 na final e deixou o país em profunda tristeza.
Se no Rádio Luiz Mendes teve sua marca registrada, na TV sua passagem também foi marcante. Ele participou da primeira transmissão de TV colorida no Brasil, em 1972. Ainda na telinha, pela TV Rio, apresentou programas como TV-Rinque e a Grande Revista Esportiva Facit. Depois, participou por muito tempo da mesa-redonda da TV Educativa, no Rio.
Mas a grande paixão de Luiz Mendes foi o Rádio. Em 1944, Luiz, aos 19, chegava à Rádio Globo vindo da Rádio Farroupilha cheio de sonhos. Um deles era conhecer a menina atriz Daysi Lucidi, que ouvia numa peça de Rádio-Teatro. Luiz, que havia se encantado com aquele trabalho, nunca poderia imaginar que mais tarde viveria com ela um conto de fadas.
Apoiado pelo brilhante Heron Domingues, um dos bambas do Rádio brasileiro e depois da TV, com quem dividiu quarto numa pensão, Luiz Mendes teve logo a bênção de ninguém mais ninguém menos do que Roberto Marinho.
Em 1946, já ganhava concurso popular de melhor locutor esportivo. Anos depois, como comentarista, seja pela Rádio Globo, onde trabalhou por grande período de sua carreira, seja pela Rádio Tupi, onde teve boa passagem, conquistou milhões com seu jeito simples e o profundo conhecimento sobre futebol.
Considerado uma enciclopédia ambulante, era carinhosamente chamado pelos colegas de trabalho de "Mestre". Recentemente, participava do programa "Enquanto a Bola Não Rola" na Rádio Globo do Rio de Janeiro, a mesa-redonda da Rádio aos domingos, às 12h. No "Globo Esportivo", às 17h, também comandava diariamente o quadro "Da Pelada ao Pelé", onde contava suas principais lembranças do mundo do futebol.
Por mais de 60 anos, Luiz Mendes (foto) iniciava suas transmissões, seja como locutor ou comentarista esportivo, com o conhecido bordão "Minha gente..." Era a forma que encontrava para invadir com simplicidade e gentileza a intimidade dos ouvintes e também telespectadores. Não à toa, ganhou logo o título de "comentarista da palavra fácil". A fala mansa, direta, simples e segura caiu no gosto popular.
Luiz Mendes deixa viúva a atriz e radialista Daisy Lucidi, com quem viveu por mais de 50 anos e teve um filho, que lhe deu netos e uma bisneta.
HISTÓRIA
Luiz Mendes deixa viúva a atriz e radialista Daisy Lucidi, com quem viveu por mais de 50 anos e teve um filho, que lhe deu netos e uma bisneta.
HISTÓRIA
Torcedor do Grêmio e do Botafogo, Luiz Mendes teve uma trajetória intimamente ligada à história do Rádio e da TV. Afinal, das 19 Copas do Mundo, participou simplesmente de 16. Ficou fora apenas das de 1930, 1934 e 1938 por ainda ser garoto. Mas em 1950 já era o locutor que narrou com a voz embargada o gol de Gigghia no Maracanazo da Copa de 1950, quando o Uruguai bateu o Brasil por 2 a 1 na final e deixou o país em profunda tristeza.
Se no Rádio Luiz Mendes teve sua marca registrada, na TV sua passagem também foi marcante. Ele participou da primeira transmissão de TV colorida no Brasil, em 1972. Ainda na telinha, pela TV Rio, apresentou programas como TV-Rinque e a Grande Revista Esportiva Facit. Depois, participou por muito tempo da mesa-redonda da TV Educativa, no Rio.
Mas a grande paixão de Luiz Mendes foi o Rádio. Em 1944, Luiz, aos 19, chegava à Rádio Globo vindo da Rádio Farroupilha cheio de sonhos. Um deles era conhecer a menina atriz Daysi Lucidi, que ouvia numa peça de Rádio-Teatro. Luiz, que havia se encantado com aquele trabalho, nunca poderia imaginar que mais tarde viveria com ela um conto de fadas.
Apoiado pelo brilhante Heron Domingues, um dos bambas do Rádio brasileiro e depois da TV, com quem dividiu quarto numa pensão, Luiz Mendes teve logo a bênção de ninguém mais ninguém menos do que Roberto Marinho.
Em 1946, já ganhava concurso popular de melhor locutor esportivo. Anos depois, como comentarista, seja pela Rádio Globo, onde trabalhou por grande período de sua carreira, seja pela Rádio Tupi, onde teve boa passagem, conquistou milhões com seu jeito simples e o profundo conhecimento sobre futebol.
Considerado uma enciclopédia ambulante, era carinhosamente chamado pelos colegas de trabalho de "Mestre". Recentemente, participava do programa "Enquanto a Bola Não Rola" na Rádio Globo do Rio de Janeiro, a mesa-redonda da Rádio aos domingos, às 12h. No "Globo Esportivo", às 17h, também comandava diariamente o quadro "Da Pelada ao Pelé", onde contava suas principais lembranças do mundo do futebol.
Fonte:Globo.com
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